Ainda não sei se voltei

Nunca mais escrevi.
Às vezes apeteceu-me. Mas para vir escrever que estava tudo na mesma...
Continuei a ler os blogues que seguia. A acompanhar o que partilhavam.

O que se tem passado comigo. Nada e tudo.
Continuo a sentir-me abençoada pela vida. Amor, saúde, trabalho (embora nem sempre apeteça).

Pesos e dietas.
Cheguei aos 70 kg (em casa, porque no consultório foi mais) e disse chega. Marquei consulta.
Em três meses foram 7,3 kg. Podia ter sido melhor, ainda como muita porcaria, mas sei que estou no bom caminho.
Deixei de me pesar. Só me peso na consulta.
Ginásio e caminhadas/corridas passaram a fazer parte das minhas rotinas. Se gosto? Detesto! Mas aquele momento em que a aula acaba e eu me sinto a escorrer e com a cara a latejar vale por mil.

Eu sei que vou conseguir chegar ao peso que pretendo. Mais cedo ou mais tarde consigo, sempre consegui. A minha luta não é essa. A minha luta começa no dia em que eu subo para a balança e fico contente com o meu peso. Começa no dia em que eu me vejo ao espelho e me sinto bem com a imagem refletida. Aí é que começa o descalabro.
Será que desta vez vai ser diferente?

Capaz

A primeira semana de uma dieta.
Quando o peso baixa um pouco todos os dias e eu acredito que vai ser sempre assim.
Quando ainda não chegou o fim de semana e eu ainda não recuperei numa jantarada aquilo que perdi a custo.
Quando acredito que vou ser capaz (outra vez).

A VIDA É BELA!

Que grande porra

Quando é que passou a ser tradição o coelhinho da Páscoa vir cá a casa trazer ovinhos?

Tenho duas miúdas desgostosíssimas com o esquecimento do coelho. E outro a quem dá jeito alinhar com elas.

Os ovos que receberam foram dados pelos pais e pelos avós, por isso não contam?!

Faltam os do coelho.

A sério que não me lembro disto ser tradição. Já não chegava o Pai Natal e a Fada dos Dentes?

1º Dia

Se eu fosse contar os primeiros dias, perdia a conta.
Acho que este é um bom primeiro dia.
Primeiro dia do mês, segunda-feira, primeiro depois da Páscoa.
Reviver.

69,6 - Podia ser uma mentira do dia. Mas não é. Foi mesmo isto que a balança mostrou.
Não esperava muito melhor, nestes últimos dias até deixei de me pesar. Foram dias bons, com consequências, mas bons.
Dias livres. Dias de almoço e jantar.
E agora, recomeçar.

Levantei-me de manhã cedo e fui andar com o marido. Apetecia-me ficar na cama mas ele insistiu. Era o último dia em que eu podia ficar a dormir mas ele arrastou-me. Estava uma manhã linda, cheia de sol. Caiu uma carga de água. Ficámos encharcados.
Foi uma boa caminhada.

Espertezas 2

Deixa-me cá comer os chocolates todos que tenho em casa que assim já posso fazer a minha dieta sossegada.

Espertezas

Ao segundo dia do recomeço e depois de jantar um prato de sopa:

Que bom! Só comi uma sopinha e estou mesmo cheia. Já me estou a habituar a comer menos. Deve ter sido do copo de água que bebi antes de comer.

A cabeça começa a funcionar e faz uma listagem do tal "copo de água".
Uma banana com queijo, um palmier, dez quadradinhos de chocolate, mais uma fatia de queijo, umas quatro bolachas com manteiga e mais qualquer coisa que o meu cérebro insiste em recalcar.
Assim, é natural que o meu estômago delicado se sinta a rebentar com uma frugal sopinha.

Carta para mim

Hoje acordaste com 67,7. E sabes de onde eles vieram. Só tens que te culpar a ti própria e à tua grande boca.
Maria, está quase nos 70. Pensavas que nunca mais lá voltavas mas estás quase lá.
Controla-te mulher.
Eu sei que este tempo não ajuda. Torna-te mais triste e depressiva, mas o sol há de chegar. Apesar deste mês ter um panorama péssimo, o calor vai chegar e vais querer voltar a vestir saias e roupa mais fresca, sem o casacão-tapa-banhas por cima.
Tu já perdeste mais de 20 quilos e estás a recuperá-los todos. Será que foi um esforço em vão? És uma fraca que não é capaz de enfrentar uma alheira e mandá-la à fava?
Eu acredito em ti, mas essa confiança está a desaparecer.
Mostra-me que ainda tens uma guerreira dentro de ti, para que eu recupere a minha fé.
Um quilo por semana é possível.
Um quilo por semana são 60 quilos a 6 de Maio.
Força

Vergonha

O peso não para de subir e eu não paro de comer.
E quando penso no meu peso ainda como mais.
Continuo cheia de trabalho, mas estupidamente, tenho conseguido ter as coisas em ordem. Deve ser masoquismo, funciono melhor se tiver uma quantidade estúpida de coisas para fazer do que se tiver a quantidade normal.

Parece que voltei

Não tenho grande coisa para dizer. Continuo a sentir-me sempre cansada.
O sol que tem estado ajuda a melhorar a disposição, mas parece que vêm aí mais dois dias de chuva e muito frio.
Não tenho tido grande cuidado com a alimentação. Também não tenho abusado, mas eu já percebi que para emagrecer tenho quase que passar fome.
O trabalho continua a aumentar e eu não me sinto capaz de fazer tudo. Para além do "normal" ainda se multiplicam as reuniões, as formações...
Mesmo assim tenho tentado andar animada e com boa cara. Acho que se fingir que estou bem, acabo por acreditar. Uma coisa é certa, andar por aí com cara de morta não ajuda ninguém.

Na mesma

Tanto tempo que passou e tudo está na mesma.
O peso sobe, o peso desce, o peso sobe ainda mais.
Continuo a angustiar-me com porcarias e não faço nada para as resolver.
Continuo a sentir-me exausta, sem grande energia para coisa nenhuma.
Sinto que estou à espera que o tempo passe... Que o fim de semana chegue... Que o euromilhões saia...
E para quê?
O fim de semana chega e o tempo é passado na ilusão de que vou fazer o trabalho que não fiz, que vou fazer alguma tarefa em casa que tem que ser feita e quando se dá por isso é domingo à noite. Nem fiz nada, nem saí, nem descansei. E claro que o euromilhões não sai.
Sinto-me assoberbada, desgastada, desmotivada com o trabalho que nunca termina quando de lá saio. Há sempre coisas para corrigir, planificar, organizar.
E penso "Isto tem que acabar, vou mudar de profissão!". E mudo? Não! Nem sei que outra gostaria de ter, para tentar fazer alguma coisa por isso.

É por estar tudo na mesma que ainda não sei se amanhã cá volto. Não tenho nada de novo para dizer.

Regresso?

Há tanto tempo que cá não vinha...
Está tudo na mesma. O meu peso vai andando entre os 60 e os 62. Precisava de baixar dos 60 mas não consigo. Mas pelo menos também não passou do 62.
Agora nesta altura é tudo mais complicado. Apetece comer, há jantares de Natal, lanches de Natal, ...
Mas hei de sobreviver.
Quero voltar mais regularmente mas não sei se o vou fazer.
É frustrante constatar que não sou capaz de deixar o excesso de peso e quando aqui venho parece que isso se torna mais real. Vejo há quanto tempo está tudo na mesma. Como aqui há uns meses (anos) planeei que por agora já tudo seria diferente e deparo-me com as minhas fraquezas...

mensal

Será que agora o ritmo é perder um quilo por mês?
Assim nunca mais. E sabendo como eu sou, não tarda desisto.

Angústias de mãe. Angustias de fazer bem. Ou simplesmente, pensamentos parvos

Ponto 1
Ser mãe. Espero o melhor dos meus filhos. Não preciso que sejam bonitos, um exemplo de boa educação, mas espero que academicamente sejam excelentes e que moralmente também (de acordo com os meus padrões, é claro). Eu própria sempre fui uma excelente aluna, tão boa  que nem sei por que fui escolher esta profissão. Tinha média para entrar na faculdade que quisesse e escolhi isto. Mas isso é assunto para outro dia.
Em relação à sua formação moral, claro que tento que seja de acordo com aquilo que eu acho que está certo, se não, eu própria teria escolhido outro caminho para mim.
Invisto muito esforço e tempo da minha vida nestes dois aspectos.
Mas às vezes parece que o mundo só lhes mostra a vida ao contrário. Será que isto os vai "estragar", ou pelo contrário lhes vai mostrar que todos nós temos liberdade de escolha e que são eles que vão fazer as suas próprias escolhas e construir os adultos que serão no futuro.
Eu quero acreditar que tudo o que se tem passado lhes mostre que eles podem escolher o caminho deles, sem se deixarem influenciar e que eu e o pai vamos sempre apoiá-los. Mas sobretudo, que têm que ser responsáveis, respeitar o outro e saber que terão que viver com as consequências das suas decisões. Espero que não sejam uns fracos que à primeira dificuldade que surja no seu caminho desistam e viram as costas aos problemas.
(Não, não me estou a separar, mas não quero entrar em mais pormenores)
Ponto 2
Por que raio é que quando uma pessoa trabalha bem, se esforça, investe o tempo e a energia que tem e que não tem, ainda lhe cai mais trabalho em cima porque "reconhecem" as nossas capacidades. Vão mas é todos bugiar. O que apetece é ser medíocre, a esses ninguém os chateia.

Estou mesmo a precisar de férias.

Março, marçagão...

Acho que é o meu mês preferido.
Não há férias. É dos meses mais trabalhosos do ano. Não há aniversários.
Mas é o meu mês preferido. Apesar de ter começado chuvoso, é um mês que me enche de esperança.
Dias lindos a cheirar a primavera (eu sei que já houve alguns e que este nem é um deles).
O calorzinho que começa a querer chegar.
Começar a vestir (e a lavar e a passar e a arrumar) menos roupa aos miúdos.
E nasce em mim a sensação de que sou capaz de tudo. Se me esforçar, nada está fora do meu alcance.
E apesar do dia de inverno que por aqui esteve, até me apetece ir namorar um bocadinho.

Tudo perdido?

Tenho-me portado bem. Tenho andado tão controlada que até ando a comer melhor aos fins de semana do que durante a semana. Caso inédito. Mas acho que esse vai ser sempre um dos pontos fulcrais da minha perda /manutenção de peso. Se me conseguir controlar ao fim de semana, consigo tudo. Se não, engordo em dois dias mais do que perdi numa semana.
Mas hoje não está a ser assim. Estou farta de atacar a dispensa. E eu sei porquê. Tenho que fazer um trabalho chatíssimo que acho que não deveria ser da minha responsabilidade, mas que me foi atribuído. Descobri que podia estar a ganhar muito mais há já bastante tempo e não estou por causa de uma burocracia estúpida e sem explicação.
Resultado: nem fiz o que tinha que fazer nem aproveitei o dia lindo que esteve.
E ainda por cima o meu marido quer ir jantar fora e eu estou sem o mínimo de paciência para aturar os miúdos fora de casa, a mais nova está uma autentica selvagem, mal criada que eu chego a ter vergonha de dizer que é minha filha. Só faz o que quer, quando quer e se quer. Gosto muito de ti Clarinha, mas fazes-me passar com cada vergonha que nem pareces irmã dos outros dois.
Com este estado de espírito já sei o que vai acontecer. Não me vou controlar no pão, nas entradas e vou pedir  um arroz de qualquer coisa, cheio de molho e calorias. E amanhã, quando me pesar outra vez, os 65 já vão ser pelo menos 67.