segunda-feira, 21 de junho de 2010

A minha ausência

A minha ausência por tanto tempo deve-se sobretudo a mais uma estúpida característica minha. Quando a vida não me corre bem fecho-me. Há muito tempo que sou assim e há muito tempo que tento combater isso. Quando está tudo bem, saio, procuro os meus amigos, convivo. Quando as coisas me correm mal, fecho-me. É uma tendência péssima, porque isso só me deixa mais em baixo.
Mas pronto, agora que o mundo já não parece tão feio, voltei.
Eu sei que os amigos são precisamente para quando mais precisamos deles. E eu estou sempre disponível quando precisam de mim e sei que também estariam para mim, mas esta é mais uma coisa que preciso de mudar em mim.
Nem aqui vim e também vos considero amigas e acreditem que penso em vocês todos os dias.
Foram doenças, foram complicações no trabalho, foram maus humores. Agora tudo parece estar a resolver-se.
Obrigada a todas pelas mensagens de apoio e pelos selinhos que deixaram.
Vou tentar não deixar de cá vir, principalmente quando tudo parece correr mal.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Estou a boicotar-me

Não sei por que faço isto. Volto sempre ao mesmo.
O contador da Nutella voltou aos zero. Pareço uma drogada que usa de todos os meios para conseguir o que quer.
No Sábado, o meu marido foi ao Pingo Doce e pedi-lhe que trouxesse uns chocolates de que gosto. Como já o conheço e como ele já me conhece e como eu já sabia que ele ia chegar a casa a dizer que não havia, o que aconteceu, pedi à minha filha que lhe ligasse a dizer que a Nutella tinha acabado. Ele acreditou e trouxe. Esqueceu-se de que a mais pequena ainda não come, a de 5 anos acha enjoativo e ao mais velho é raro pôr no pão, por motivos óbvios.
Resultado: por minha culpa e só minha, este fim de semana comi um frasco inteiro à colher. Um frasco dos grandes. Quase 2500 calorias em dois dias, completamente desnecessárias. Acabou. Não se compra mais.
E o que me lixa é que isto aconteceu depois de eu ter ido ao médico e de ele me ter dito que só podia perder mais 4 quilos. Não interessa se o IMC é alto, não posso baixar dos 55, para mim é o suficiente. É chegar aos 55 e começar a manutenção.
Mas como eu sou parva e devo achar que mereço ser gorda para sempre, lá passei o fim de semana a comer Nutella. Até estou com medo de me pesar amanhã.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dependências

Não sou psicóloga e pouco estudei sobre o assunto, mas acredito que há pessoas com uma grande predisposição para a dependência. Não sei se essa predisposição será genética ou terá aparecido pela forma como fomos criados ou pelas experiências por que passámos na infância, mas que essa predisposição existe, para mim é uma verdade que sinto na pele. Quanto ao tipo de dependência, pode variar. Talvez devido ao meio em que vivemos, às companhias, ou seja lá ao que for...

A minha grande dependência tem sido a comida. Há muito tempo que é uma luta diária, desde que me lembro e sei que será para a vida. O tabaco foi outra dependência que tive e que acredito que ultrapassei definitivamente. Vou tendo outras, umas mais saudáveis do que outras. A leitura, as telenovelas (há anos que eu não vejo telenovelas, pois tenho a noção de que se começo a seguir uma tenho que ver TODOS os episódios) e mais recentemente foi o FarmVille. No meio de tudo isto, penso ter um factor positivo que me ajuda. Sei identificar quais são as minhas dependências e à excepção da comida, tenho conseguido acabar com elas. Mas o problema é que eu não consigo reduzir. Ou sim, ou sopas. O tabaco teve que ser de um dia para o outro. As novelas, não posso ver de todo. A quinta, tive que acabar mesmo com ela.

Há dias, vi um programa do Dr. Phill sobre jogos on-line, em que ele referia que muita gente lhe perguntava se o tempo que passava a jogar ou que os filhos passavam a jogar era normal. Ele disse que a sua resposta se adapta a muitas outras coisas e a sua resposta foi uma pergunta "Isso está a afectar a sua vida? Se está, não é normal."

E pronto, foi o meu clique para acabar com a quinta. Intuitivamente já acabei com outros vícios que estavam a afectar a minha vida, antes disto, mas acabo sempre por arranjar um novo vício, à excepção do da comida, que é uma constante. E isto faz-me lembrar também uma frase que ouvi há muito tempo num programa dele e que dizia, mais ou menos que, não é possível acabar com um hábito ou vício. O que fazemos é substituí-lo por outro. Temos é que tentar que o nosso novo hábito seja melhor do que o anterior.

Eu anseio pela chegada do dia em que os meus vícios sejam beber água, comer alface, corrigir trabalhos. Mas parece que esse dia ainda vem longe...

Alegria: Apesar do meu peso parecer que diminui 100g por semana, continua abaixo dos 60 Kg.

Tristeza: Depois de ter visto um 95 no contador da Nutella, vou ter que o voltar a pôr a zeros.