domingo, 27 de fevereiro de 2011

Novo ânimo

Tenho andado a pensar e a repensar e não encontro forma de dar a volta à minha vida (profissional), que acho que é o que me puxa para baixo. É um trabalho que nunca está terminado e eu sou bastante perfeccionista no que diz respeito à minha profissão e culpabilizo-me quando os resultados não são os que eu espero. Sinto-me incompetente, apesar de ter resultados muito bons.
Tenho que parar com isto. Tenho que trabalhar apenas as horas que me competem e se o trabalho não ficar feito, aceitar que a culpa é do sistema. Tenho que ter fins de semana e feriados. Tenho uma família e os meus filhos também precisam de mim.
Este ano estou a trabalhar em condições perfeitamente ridículas. Andamos todos a brincar às escolas e a fingir que chegamos a algum lado. Eu que nunca fui uma militante activa de nenhum partido (apesar de nunca ter falhado uma eleição), acredito cada vez mais que o objectivo de tudo isto é acabar com a escola pública.
Eu continuarei a desempenhar a minha profissão o melhor que sei e posso, mas não vou sacrificar mais a minha família.
Desculpem o desabafo e espero conseguir cumprir o que digo.

Quanto a dietas, não consigo emagrecer. Há meses que ando à volta dos 62 e não consigo descer dai. Espero que o solinho me dê alento.
O ano passado foi o primeiro em mais de dez anos em que voltei a vestir um biquíni. Este ano quero voltar a fazê-lo.
Vamos trabalhar para o Verão.

Espero que o encontro tenha corrido bem. Apesar de nunca ter dito que ia, lembei-me muito de vocês.

3 comentários:

Ana disse...

Eu adoraria pesar 62! hahaha

Também preciso de mudanças com urgência na vida profissional.

Muita sorte e boa semana!

Alexandra disse...

Eu tenho um professor cá em casa e sei muito bem o que sentes... Revolta. O sistema está a estragar tudo... O prazer de ensinar, de estar com os colegas, a burocracia cada vez maior.
Ânimo. Não te deixes ir abaixo... Valerá sempre a pena:)

Su disse...

O encontro correu muito bem e tive pena que não fosses (para cascar no sitema de ensino juntas, ah,ah,ah).
Já sabes que te entendo como ninguém pois eu cheguei até ao ponto de sair do ensino estatal por esses motivos.
Mas tens razão: marcar uma linha entre o horário profissional e o pessoal é essêncial para a família não estar sempre a pagar o preço das más políticas.
Nós somos perfeccionistas mas também temos de o ser em relação à nossa família (mais do que tudo) e deixar de nos sentirmos constantemente em falta para como eles e sem conseguir deixar de os passar para "trás" por causa do excesso de trabalho.
beijocas linda e apoio a tua decisão 100000000%