terça-feira, 8 de junho de 2010

Dependências

Não sou psicóloga e pouco estudei sobre o assunto, mas acredito que há pessoas com uma grande predisposição para a dependência. Não sei se essa predisposição será genética ou terá aparecido pela forma como fomos criados ou pelas experiências por que passámos na infância, mas que essa predisposição existe, para mim é uma verdade que sinto na pele. Quanto ao tipo de dependência, pode variar. Talvez devido ao meio em que vivemos, às companhias, ou seja lá ao que for...

A minha grande dependência tem sido a comida. Há muito tempo que é uma luta diária, desde que me lembro e sei que será para a vida. O tabaco foi outra dependência que tive e que acredito que ultrapassei definitivamente. Vou tendo outras, umas mais saudáveis do que outras. A leitura, as telenovelas (há anos que eu não vejo telenovelas, pois tenho a noção de que se começo a seguir uma tenho que ver TODOS os episódios) e mais recentemente foi o FarmVille. No meio de tudo isto, penso ter um factor positivo que me ajuda. Sei identificar quais são as minhas dependências e à excepção da comida, tenho conseguido acabar com elas. Mas o problema é que eu não consigo reduzir. Ou sim, ou sopas. O tabaco teve que ser de um dia para o outro. As novelas, não posso ver de todo. A quinta, tive que acabar mesmo com ela.

Há dias, vi um programa do Dr. Phill sobre jogos on-line, em que ele referia que muita gente lhe perguntava se o tempo que passava a jogar ou que os filhos passavam a jogar era normal. Ele disse que a sua resposta se adapta a muitas outras coisas e a sua resposta foi uma pergunta "Isso está a afectar a sua vida? Se está, não é normal."

E pronto, foi o meu clique para acabar com a quinta. Intuitivamente já acabei com outros vícios que estavam a afectar a minha vida, antes disto, mas acabo sempre por arranjar um novo vício, à excepção do da comida, que é uma constante. E isto faz-me lembrar também uma frase que ouvi há muito tempo num programa dele e que dizia, mais ou menos que, não é possível acabar com um hábito ou vício. O que fazemos é substituí-lo por outro. Temos é que tentar que o nosso novo hábito seja melhor do que o anterior.

Eu anseio pela chegada do dia em que os meus vícios sejam beber água, comer alface, corrigir trabalhos. Mas parece que esse dia ainda vem longe...

Alegria: Apesar do meu peso parecer que diminui 100g por semana, continua abaixo dos 60 Kg.

Tristeza: Depois de ter visto um 95 no contador da Nutella, vou ter que o voltar a pôr a zeros.

4 comentários:

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

O problema da comida e da sua dependência, é que ao contrário de todas as outras, não se pode cortar com ela de vez!

O segredo e a dificuldade é a moderação.

Moderação é a chave. Não podemos deixar de comer! O "vício" tem de passar para o plano da Necessidade, mas difícil é controlar a quantidade, e saber quando deixa de ser necessidade e passa a vício. Saber, acho que até sabemos, o problema é colocar na prática a teoria que se tem.

Força, e desistir nunca!

Maria Sem Frio Nem Casa

Lilith disse...

sabes, são muito importantes esse género de momentos em que conseguimos olhar para dentro de nós e perceber tantas coisas que fazemos e porque as fazemos. não é fácil reconhecer certos tipos de comportamento, nem admitir que falhamos em muitas coisas, mas é exactamente isso que te torna mais forte a cada dia e fico muito feliz por ti :)
sei bem do que falas quando falas em vícios e compulsões, estarão sempre presentes mas à medida que caminhamos pelo rumo certo, melhores serão de certeza porque deixaremos de querer fazer mal a nós mesmas :)

beijos :) força, já fizeste um caminho tão difícil e com muito mérito para ti, linda

Su disse...

Ah malandra que voltaste a não fazer olhos cegos à Nutella!!! Eu estava tão contentinha com o teu contador. Agora vais ter de recuperar esses 95 dias e mais uns quantos a acrescentar. Deixa de comprar Nutella mulher!Isso nem para o teu filhote é bom.
Estou a brincar mas a sério também. Eu felizmente agora ando em maré de não me apetecer nada que faça mal e bastante controladinha quando como algo "fora do baralho" por não ter mais nada à mão. Sei que não tem a ver com a força de vontade mas com o próprio organismo, por isso não dá sequer para me sentir orgulhosa de mim. Mas vou aproveitando a maré para me cuidar em termos de exercício e alimentação.
Quando a dependências eu desconfio que até seria uma das pessoas, mas sou como tu - corto o mal pela raiz assim que acho que algo me está a fazer uma falta anormal ou a ocupar muito do meu tempo e energia (podia ser exercício físico mas nesse nunca viciei).
O mal é não se admitir ou reconhecer o problema e neste momento conheço bastantes pessoas adultas viciadas em jogos por internet e sem admitir que têm um problema. Isso sim é grave. Mais grave quando estão desempregadas e não procuram emprego para estarem a jogar joguinhos, não convivem com a família para estara horas frente ao computador para a batalha das 16h... muito triste digo-te.
bjs e bom fim-de-semana longe da Nutella

Su disse...

Lindinha,
Tens um selinho para ti lá no meu blog.
bjs