Bolo Rei

Eu nem gosto de Bolo Rei. Ontem fomos lanchar com o Simão ao Pica. Havia umas miniaturas de Bolo Rei para vender. Devem ter uns 15 cm de diâmetro. Como eu nem gosto de Bolo Rei nem me tentei. Não é que fiquei o resto do dia a pensar nos bolos. Hoje de manhã, feita parva, pedi ao maridão para me ir buscar um. Já comi metade. Ainda comi os restos que os miúdos deixaram das fatias douradas que ele também trouxe.
A minha grande crise do Natal são as fatias douradas. Adoro-as, mas só as que a minha avó faz, com calda de açúcar. Eu acabo sempre por fazê-las também e como-as todas. É uma desgraça. Este ano não as vou fazer.
Todos os anos o Natal é uma grande confusão. Temos que nos repartir entre a família do meu pai, da minha mãe e dos meus sogros, e claro, comer até cair em cada um destes sítios. Ultimamente a noite de natal tem sido em minha casa com o meu pai e a minha sogra. Resultado. Para além do que se come, ainda ficam os restos. E quem é que come os restos? EU.
Não sei que raio de complexo é que eu tenho que acredito de toda a minha alma que não se pode deitar comida fora. Mas o pior é que para a comida não se estragar eu como-a. Como todos os restos das festas, dos jantares, dos almoços e dos lanches que fazemos cá em casa. Acho que essa terá que ser uma das minhas resoluções de ano novo. SE SOBRAR COMIDA, DEITA-SE FORA. E deita-se fora logo, escusa de ficar a ocupar lugar no frigorífico.
Tenho que pensar que eu mereço mais do que andar a comer os restos das festas. E o que mais me consome é que na altura eu faço um esforço danado para me controlar e não abusar e depois...